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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

NOVELA É A MÍDIA DOS DESEJOS PARA QUEM FAZ E VENDE BENS DE CONSUMO

O desfile pode até ser o palco mais glamuroso da moda. Mas pelo menos no mercado nacional, é via TV que os modismos criados pelos estilistas viram febre de consumo. As meias de lurex da personagem Júlia Matos, interpretada por Sonia Braga na novela "Dancin'Days", em 1978; os laçarotes usados por Regina Duarte como Maria do Carmo, em "Rainha da Sucata" (1990) e as pulseiras de Jade, com Giovanna Antonelli, na novela "O Clone", de 2001 têm algo em comum: foram criados pela figurinista Marilia Carneiro e saltaram das telas para as vitrines de forma frenética e instantânea.

Até hoje, em plena explosão do entretenimento via web, as novelas seguem como a mídia dos desejos para quem faz moda. É estar em destaque no vídeo, para garantir boas vendas e um lugar no coração dos consumidores. "A penetração da TV é impressionante. Ela está em 98% dos lares e o que é mostrado por ela exerce ainda um grande fascínio", diz o consultor Luiz Alberto Marinho, da Brand Works.

Que o diga a designer de acessórios Camila Klein, que fez sua "estreia" numa novela com a personagem Jaqueline, interpretada por Claudia Raia, da trama "Ti-ti-ti" da TV Globo.

Para compor sua personagem, a atriz Claudia Raia escolheu pessoalmente as peças, no ateliê de Camila, em São Paulo. Foi só aparecer no ar com brincos, anéis e colares da designer, que as vendas esquentaram. "O retorno foi impressionante", diz Camila. Ela conta que um colar de pedrarias usado por Jaqueline num determinado capítulo, "esgotou no dia seguinte nas lojas." E a peça era uma das mais caras confeccionadas por Camila: custava R$ 1.500. "As clientes já entravam pedindo 'o colar da Jaqueline'", afirma a empresária, que também fornece brincos para a personagem de Guilhermina Guinle em "Ti-ti-ti", a Luisa.

"O retorno não se dá apenas entre os telespectadores. Mas uma atriz acaba comentando com a outra e a marca fica conhecida." A grife Camila Klein tem cinco lojas - três em São Paulo e duas no Rio. Ano que vem, ela pretende abrir mais dois pontos, em São Paulo.

Outra grife de acessórios, a Lugre, de Goiânia, tem atualmente peças exibidas pelas personagens Bete Gouveia (Fernanda Montenegro) e Stela (Maitê Proença), de "Passione" - a novela das oito da TV Globo. Em "Araguaia", trama das 18h da mesma emissora, a Lugre é a grife dos brincos de flores que não saem das orelhas da protagonista Estela (Cleo Pires).

Usar roupas de grife como figurino foi ideia de Marilia Carneiro, da TV Globo, nos anos 70

O empresário Flávio Pereira Lima comemora. "Para fazer um anúncio numa revista de moda eu gastaria cerca de R$ 12 mil. Mas com nenhum anúncio eu teria o mesmo retorno de mídia", diz o empresário. As peças da Lugre foram parar nas novelas graças ao trabalho feito pela assessoria de imprensa do empresário, que as apresentou às figurinistas da novela. Este é um dos caminhos possíveis para uma peça de roupa ou de acessório entrar para a seleção de um personagem. Mas não o único.

"O figurino é feito de várias maneiras: há grifes com as quais já trabalhamos antes e conhecemos o produto. As marcas novas chegam a nós via assessorias de imprensa. Somos muito assediadas", diz Vanessa Lopes, figurinista-assistente da novela "Passione".

Em alguns casos, as roupas e acessórios são compradas pela emissora - e passam a integrar o acervo, sendo utilizadas, muitas vezes, em mais de um programa da casa. Em outros, são emprestadas pelas marcas e devolvidas, ao final da novela. O custo para as grifes, portanto, é praticamente zero. Segundo fontes do mercado publicitário, uma ação de merchandising numa novela das oito da TV Globo - com, média, de 40 pontos de audiência - não sai por menos de R$ 800 mil, por inserção, sem contar o cachê pago ao ator ou atriz que participar da cena.

As roupas e acessórios usados pelas atrizes e atores não têm suas etiquetas à mostra. Mas tornam-se conhecidas do grande público por meio da Central de Atendimento ao Telespectador (CAT). É por esse serviço que os telespectadores ficam sabendo qual a grife de determinado produto mostrado na tela. "Passione" é a atual campeã de solicitações feitas para a CAT e as personagens Clara (Mariana Ximenes), Jéssica (Gabriela Duarte) e Melina (Mayana Moura) são as donas dos figurinos que mais chamam a atenção do público.

"Esse tipo de visibilidade é sempre positiva. Nunca tivemos uma experiência ruim cedendo roupas para novelas", diz Valéria Gisler Trotta, sócia da grife Folic, do Rio de Janeiro, que veste personagens em tramas da TV Globo há 20 anos.

Quem ligar na CAT pode ficar sabendo, por exemplo, quem confeccionou os costumes bem cortados do personagem Mauro (Rodrigo Lombardi). No caso, eles são feitos pelo alfaiate João Carlos Camargo, da Camargo Alfaiataria, de São Paulo. A emissora comprou os costumes, feitos sob medida. "A maior vantagem é acabar virando amigos dos atores, que depois participam dos meus desfiles e divulgam a marca", diz Camargo, que vestirá o ator Edson Celulari, na novela "Insensato Coração", próxima trama das oito.

Essa prática de usar roupas de grife como figurino foi inaugurada pela figurinista Marilia Carneiro, da TV Globo, com a novela "Dancin'Days", no final dos anos 70. Até então, as peças usadas nas tramas eram feitas por costureiras da emissora. A figurinista relata sua experiência no livro "No camarim das oito" (da Editora Senac-Rio): "Comprar as roupas direto na loja com o feitio e a estampa que o personagem precisava, era bem mais rápido e prático do que desenhar, explicar tudo para a costureira e correr o risco de não gostar do resultado final. O negócio era, literalmente, bater perna na rua todo dia. Exatamente o que, hoje, todos os figurinistas fazem."

Veículo: Valor Econômico
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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010: Quem se deu bem no mundo dos negócios no ano

Dez exemplos de empresas e empresários que tiveram um ano surpreendente – e, consequentemente, terão muito trabalho pela frente em 2011



Mark Zuckerberg

Mark Zuckerberg

Poucos empresários podem se gabar de serem protagonistas de uma biografia não autorizada e de um filme – mesmo que não muito elogioso - aos 26 anos. E só Mark Zuckerberg pode se orgulhar de suceder o presidente do Fed, o Banco Central americano, Ben Bernanke e Barack Obama na escolha de personalidade do ano da revista Time.
Para a revista Time, além dos números impressionantes atingidos pelo Facebook,  Zuckerberg “mudou a forma como vivemos nossas vidas”. O jovem empresário criou o Facebook em 2004 em um dormitório universitário e hoje, a rede soma mais de 500 milhões de usuários. Especula-se que, em 2011, o faturamento da empresa ultrapasse dois bilhões de dólares.
3G Capital

3G Capital

Neste ano, a gestora de private equity controlada por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira dominou mais um símbolo da cultura norte- americana. Os sócios da ABInBev, que controla a cerveja símbolo dos Estados Unidos, a Budweiser, complementaram seus negócios com hambúrgueres - por 3,26 bilhões de dólares adquiriram o Burguer King.
A rede de lanchonetes fechou 2009 com vendas de 2,5 bilhões de dólares. Não é um número impressionante no setor, mas o trio defende que a marca em si é valiosa. A ABInBev, por sua vez, segue sendo a maior cervejaria do mundo, com fábricas em 23 países e mais de 116.000 empregados.
BTG Pactual

BTG Pactual

Algumas das maiores operações de negócios do ano passaram pelas mãos do banco de investimentos controlado por André Esteves. Entre janeiro e setembro de 2010, o banco participou de 40 operações, que movimentaram um total de 28,9 bilhões de dólares. O BTG Pactual assessorou a venda da TAM para a Lan e a operação entre Oi e Portugal Telecom, por exemplo.
 O próprio banco também fez suas operações. Entre as aquisições, está a da Coomex, a maior comercializadora independente de energia do Brasil. Entre as vendas, a Textília. Em dezembro, um consórcio de fundos de investimento comprou uma participação de 18% no banco por 1,8 bilhão de dólares. Com a operação o banco vê a possibilidade de ampliar relacionamentos com fundos internacionais. Esteves comprou o BTG Pactual 2009 por 2,5 bilhões de dólares.
Carros Chineses

Carros Chineses

Este foi o ano dos carros chineses desembarcarem no Brasil. Apesar do burburinho ainda ser maior do que a presença dos possantes nas ruas, as montadoras chinesas também se beneficiaram de inúmeros recalls que acometeram marcas tradicionais, como a Toyota.
O país já conta com sete fabricantes que oferecem modelos por um preço, em média, 30% mais baixo do que os concorrentes. A Chery, por exemplo, está no Brasil desde 2009, mas foi em setembro de 2010 que ela anunciou a construção de uma fábrica em São Paulo. A estatal chinesa Dongfeng, que chegou esse ano, também tem planos de abrir uma fábrica no país.
Sites de compras coletivas

Sites de compras coletivas

Não foi só o Facebook que ocupou a tela dos internautas em 2010. No Brasil, explodiram os sites de compras coletivas. O Peixe Urbano, pioneiro no negócio de compras coletivas no país, já ultrapassou cinco milhões de usuários cadastrados.
O modelo existe por aqui há cerca de oito meses. O formato baseia-se em algo extremamente valorizado pelos brasileiros – o desconto. Com um número mínimo de compradores necessário, quando a compra coletiva é fechada os consumidores desfrutam do desconto, o site aproveita a taxa de venda e as empresas que oferecem os descontos tem acesso a novos clientes. O mercado cresce cerca de 30% ao mês.
Petrobras

Petrobras

Em 2010 a estatal não cumpriu sua meta de produzir uma média de 2,1 milhões de barris de petróleo por dia. A produção da companhia não deve chegar aos dois milhões. Apesar disso, a Petrobras garantiu seu lugar em águas profundas. O novo marco regulatório de exploração do pré-sal assinado pelo presidente Lula garantiu a estatal a alcunha de operadora única dos blocos do pré-sal.
A oferta de ações da Petrobras somou 120,360 bilhões de reais, a maior de realizada até hoje. O resultado dessa capitalização, após o pagamento da cessão onerosa do petróleo do pré-sal, ficou em 27,5 bilhões de dólares.
As perspectivas para a empresa também são boas, segundo a Fator Corretora. A demanda por petróleo deve continuar firme e a estatal será a única grande empresa de petróleo do mundo a ter crescimento significativo de produção nos próximos anos.
Pão de Açúcar

Pão de Açúcar

Em 2009 a rede realizou a aquisição da Casas Bahia. Mas somente em 2010 conseguiu resolver a insatisfação contratual que colocava em risco a operação - o principal ponto de conflito na aquisição, anunciada em dezembro do ano passado, era financeiro. 
Em setembro, a rede anunciou que as sinergias entre Pão de Açúcar e Casas Bahia serão de quatro bilhões de reais - o valor é o dobro do que o grupo previa quando foi feito o anúncio da associação com a rede da família Klein. O total ainda pode chegar a sete bilhões de reais, segundo o Pão de Açúcar. Além disso, nesse ano, a rede iniciou a re-estruturação do Ponto Frio.
Máquina de Vendas

Máquina de Vendas

A rede Ricardo Eletro e a Insinuante realizaram uma fusão em 2010, que resultou na Máquina de vendas – uma rede com mais de 500 lojas distribuídas em 19 Estados – que ainda fundiu-se com a City Lar, de Mato Grosso. Na época das operações, a expectativa do faturamento para 2010 era de 6,1 bilhões de reais – se atingido, o valor coloca o grupo no segundo lugar do ranking de varejo brasileiro, atrás apenas do Pão de Açúcar/Casas Bahia/Ponto Frio.
Tanto a Insinuante quanto o Magazine Luiza haviam participado da briga pela compra do Ponto Frio no ano passado, mas perderam na reta final para o Pão de Açúcar. Em 2010, as duas redes decidiram não ficar para trás. Além da operação entre Ricardo Eletro e Insinuante, o Magazine Luiza também foi às compras e adquiriu a rede de varejo nordestina Lojas Maia. O grupo deve fechar o ano com um faturamento bruto de 5,3 bilhões de reais - o valor é 30% maior que o obtido em 2009.
Telefônica

Telefônica

A Aquisição da participação da Portugal Telecom na Brasilcel (Vivo) pela Telefonica foi a maior operação de 2010 anunciada até setembro, segundo a Anbima. O negócio surpreendeu tanto pelo valor envolvido, de 18,2 bilhões de dólares, como pela dificuldade das partes chegarem a um acordo.
A operação envolveu diversas revisões de oferta e até a golden share (poder especial de veto) do governo português para impedir que a venda fosse adiante. Com a aquisição da Vivo, a PT passa a ter mais 71 milhões de clientes.
Lan

Lan

 A chilena Lan fez uma fusão com a TAM no terceiro trimestre de 2010. O valor da operação foi de 14,4 bilhões de reais – a segunda maior operação no Brasil até setembro. O acordo formou uma gigante da aviação na América Latina, com rendas anuais de 8,5 bilhões de dólares.
A negociação foi anunciada pelas aéreas como uma fusão, mas a Anbima considera que toda operação tem uma empresa alvo - nesse caso, o alvo era a TAM. O valor de 14,4 bilhões de reais representa a participação de 24% da aérea brasileira na holding Latam, que coordenará as operações de ambas agora.
Na semana passada o grupo chileno Cueto, controlador da companhia aérea LAN, anunciou que vai reestruturar suas sociedades para simplificar a gestão de seus ativos. A Latam voa para mais de 115 destinos em 23 países. As sinergias esperadas na época da fusão eram de 400 milhões de dólares por ano. Em outubro a Lan ainda comprou a companhia colombiana Aires por 33 milhões de dólares.
Por Beatriz Olivon 









Vendas em shoppings devem crescer 10% em 2011



As vendas nos shopping centers deverão crescer 10% no ano que vem, segundo as projeções da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), ultrapassando o patamar dos R$ 100 bilhões.
Em 2010, as vendas nominais, pelo critério mesmas lojas (estabelecimentos funcionando há pelo menos 12 meses), avançaram 12%, para R$ 93 bilhões. As estimativas para o ano que vem levam em conta as medidas de aperto monetário do governo. “Mesmo com a elevação dos juros, muitas franquias novas estão chegando ao país. O próprio governo vai criar linhas para facilitar o crédito ao segmento empresarial. Além disso, as massas salariais e o crédito devem continuar a crescer no país”, afirmou o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun.
A associação prevê ainda que nos próximos dois anos e meio serão inaugurados novos 124 shoppings no Brasil, em sua maioria no interior dos estados, em regiões de forte crescimento varejista. Isso significa uma média de 40 novos shoppings por ano no mercado brasileiro, mais do que o dobro da média dos últimos cinco anos.
Com a expansão do setor, o aproveitamento dos funcionários temporários contratados neste Natal pode chegar a 30% no ano que vem, segundo Sahyoun. No fim deste ano, os lojistas de shoppings admitiram cerca de 130 mil pessoas. “Normalmente, espera-se a efetivação de 25% dos novos funcionários, mas esse aproveitamento deve crescer em função das inaugurações”, enfatizou o presidente da Alshop.
(Vanessa Dezem | Valor)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

As áreas mais promissoras para abrir um negócio em 2011


Conheça os oito setores indicados por especialistas como boas oportunidades para um nova empresa


Áreas como saúde, turismo, alimentação e consultorias estarão em evidência. Terceira idade, sustentabilidade e planejamento financeiro são temas que também devem se destacar em 2011. “Numa forma geral, todas essas são ótimas oportunidades de investimento na próxima década”, explica o diretor superintendente do Sebrae-SP, Ricardo Tortorella.


1. Serviços
Tortorella ressalta que, mesmo sem os grandes eventos esportivos, o país, em especial a cidade de São Paulo, já teria um incremento na demanda por serviços, o que indica um aumento no potencial desses tipos de negócios. “Nos últimos dez anos o setor de serviços crescia a 27% ao ano. Desde 2005, tem crescido 38% ao ano”, justifica. “Os eventos vão acelerar essa grande tendência”, justifica.
2. Infraestrutura
Outro ponto que independe de Copa ou Olimpíada é a infraestrutura. As obras do PAC e do pré-sal se mantém e apesar das pequenas empresas não participarem diretamente, há muito espaço para negócios. “A construção civil e quem atua ou presta serviço nessa área tem potencial de crescimento com obras públicas, rodovias, metrôs e linhas rodoviárias e ferroviárias”, opina Dariane Castanheira, professora do Programa de Capacitação da Empresa em Desenvolvimento da Fundação de Instituto de Administração (PROCED-FIA). “Tem uma quantidade de serviços enorme que pode e deve ser produzida por empresas de pequeno porte”, diz Tortorella.
3. Turismo
O Brasil é a bola da vez no cenário internacional e vai estar em evidência com os eventos esportivos. As empresas que quiserem aproveitar a demanda de turistas no país já precisam começar a se preparar. “Hotelaria, gastronomia, turismo e promoção de eventos são oportunidades”, afirma Dariane. Para o executivo do Sebrae, alimentação e alojamento de uma forma geral são setores muito fortes. Aluguel de veículos e gráfica também podem entrar nesta categoria.
4. Apoio a outros negócios 
“Com as mudanças nas regras contábeis, falta mão de obra especializada e eu vejo um grande crescimento nesta área”, diz Dariane. As áreas de consultoria de negócios, marketing e comunicação devem ter um bom desenvolvimento desde que o consultor tenha experiência e consigo entregar um serviço adequeado às outras empresas. “Existe uma demanda mas não sei se ela vai ser cumprida”, explica a professora.
5. Terceira idade
Para Tortorella, o simples fato da expectativa de vida do brasileiro aumentar um pouco a cada ano já representa uma grande oportunidade de negócios. “Seja em turismo, adequação de casas, bem estar ou home care. Já começam a surgir chances para que essas pessoas possam viver mais e melhor”, justifica. Vale ressaltar que esse público também dispõe de tempo e dinheiro e se mantém cada vez mais ativo no consumo.
6. Meio ambiente
A preocupação com sustentabilidade não é luxo das grandes empresas. Por isso, a atuação em setores ambientalmente corretos é uma oportunidade de negócios com baixo impacto ambiental, seja na fase de desenvolvimento, de descarte ou na redução da poluição resultante de um processo. Tortorella ressalta que esse setor não se resume a trocar sacolinhas plásticas de supermercados, há uma demanda por produtos, como roupas e brindes, e serviços ecológicos. “Isso está mudando com uma velocidade muito rápida”, diz.

7. Educação


Dentro do setor de educação, o ensino de idiomas está reaquecido. A maior parte das escolas deste tipo está prevendo novas unidades. “Vamos receber até 600 mil turistas por jogo da Copa e precisamos atendê-los bem. Garçom, taxista, recepcionista, todo mundo tem que falar pelo menos mais um idioma”, diz Tortorella. Muitas empresas já estão iniciando agora seus programas de capacitação em idiomas.
8. Saúde e beleza
Com o aumento do consumo da classe C, a preocupação com o bem estar físico e mental tem rendido novos negócios. “Isso resulta de uma mudança na sociedade, que procura esses serviços cada vez mais. Nunca se abriu tanto salão de beleza no país”, explica Tortorella. Além da área de saúde, clínicas de estética e academias de ginástica são empreendimentos com potencial. Se engana quem pensa que só as mulheres buscam esses tratamentos. “De tudo que se vende de produtos de beleza hoje, 40% é para homens e eles são 20% dos clientes em clínicas de estética”, afirma o diretor do Sebrae.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Os maiores erros de Marketing de 2010

 

 

http://errosdemarketing.blogspot.com/


Autor do blog Erros de Marketing aponta deslizes de empresas neste ano

Por Thiago Terra, do Mundo do Marketing | 17/12/2010
O Mundo do Marketing este ano, além de noticiar as principais e maiores estratégias e ações de Markerting no Brasil como de costume, inovou ao hospedar o blog Erros de Marketing. Como nem tudo são flores, o espaço apresentou erros de estratégia, planejamento e execução de projetos que poderiam dar certo, mas que por algum motivo explicitaram os equívocos em departamentos de Marketing.
A lista de erros é extensa e conta com nomes de peso do mercado internacional. Nestlé, Pão de Açúcar, Procter & Gamble, Toyota e Hyundai são os destaques. Como toda a história tem sempre um lado bom, os erros cometidos em 2010 podem ser um aprendizado para o ano que chega e, com ele, os desafios e decisões tomadas pelos profissionais de Marketing.
Uma das lições que fica é o poder que o boca a boca negativo tem para destruir a reputação, seja da marca que for. Outro erro recorrente este ano foi a falta de planejamento em ações como a chuva de Twix, que decepcionou grande parte dos consumidores do produto. Sem contar o desastre da P&G quando deixou cariocas em pânico com uma ação promocional durante um período de conflitos entre traficantes e policiais.
Como não fazer Marketing
De acordo o autor do blog Erros de Marketing, esse foi um ano cheio de aprendizados e também de afirmação de que o consumidor que se sente enganado pode espalhar sua insatisfação para milhares de pessoas. “O anúncio que "eliminou" o Brasil da Copa 2010 publicado pelo supermercado Extra na Folha de São Paulo nos ensinou também sobre a importância do cuidado com detalhes e revisões”, diz o autor, que tem sua identidade preservada porque é um profissional de Marketing de uma multinacional, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Uma promoção da P&G colocou ainda mais medo na população do Rio de Janeiro no mês de novembro. No projeto "Caixas Misteriosas", relacionada à promoção Avião do Faustão, a empresa decidiu fazer uma ação de guerrilha espalhando caixas pela cidade, o que fez com que o esquadrão antibomba fosse acionado. “O resultado foi, literalmente, bombástico e saiu como algo negativo em quase todos os meios de comunicação”, escreveu o autor no blog.
Falando nos piores erros do ano, a propaganda do "tchó tchó" da Hyundai mostrou como não se deve usar eventos para “impor” novos hábitos. Patrocinadora oficial da Copa 2010, a montadora decidiu criar um "novo jeito de torcer" que não teve sucesso. Para piorar, a marca não mostra e nem cita nenhum de seus produtos ou benefícios durante o filme.
Errar para aprender
Apesar de parecer, erros como esses não ocorrem apenas com profissionais incompetentes ou despreparados. “Imagino que os supostos erros que postamos são exemplos de resultados obtidos por profissionais bem intencionados, que genuinamente queriam fazer algo de bom para as suas marcas. No mínimo eles nos ensinam que é preciso muito mais que boa intenção para gerar resultados positivos”, aponta o autor de Erros de Marketing.
Assim como a Mars ensinou como não fazer uma chuva de Twix. A primeira falha desta ação foi limitar o acesso para duas mil pessoas e deixar outras duas mil de fora, sem considerar nem mesmo os que haviam chegado ao local no horário recomendado. Outro erro foi que a empresa garatiu distribuir 16 mil unidades do chocolate durante dois minutos. Nos vídeos postados na internet percebe-se, porém, que a “chuva” também foi feita com papel picado junto ao produto.
Resta saber o que origina tais erros e o que os profissionais de marketing podem fazer para evitar isso. “Alguns erram por incompetência, outros por pressa e outros por pura falta de sorte. Em geral, essas parecem ser as principais causas do deslizes, mas não dá para negar que alguns desses erros vêm do risco que algum gestor decidiu tomar no passado ao querer inovar demais", acredita.
Dicas para evitar erros
O autor apresenta algumas dicas que podem ajudar os profissionais de Markerting a evitarem os erros. Primeiro é planejar bem. “Querer lançar as coisas sem dedicar um tempo de qualidade ao pensamento estratégico e ao planejamento aumenta as chances de fracasso. Depois, contrate profissionais experientes e qualificados, não o seu sobrinho só porque ele gosta de desenhar. Por fim, aprenda rápido com os erros para não repetí-los e aprenda com os erros dos outros”, ensina.
O propósito do blog Erros de Marketing não é apenas apontar os equívocos e nem diminuir o trabalho feito nas empresas. “O objetivo principal do blog não é o de atirar pedras nas campanhas, mas gerar ricas discussões sobre a efetividade de tudo o que fazemos. O Marketing não é uma ciência exata e não há apenas uma forma de fazê-lo bem”, explica.
Desta forma, ele acredita que não há como estabalecer o que é certo e o que é errado, mas, quanto mais questionamentos forem feitos quanto a ações criadas para o dia a dia, mais o profissional de Marketing desenvolverá o mercado. “Isto é o que nos ajudará a sermos mais criteriosos em nossas próprias idéias e execuções no futuro, o que pode aumentar nossas chances de sucesso”, completa.

Fonte: http://www.mundodomarketing.com.br/9,16895,os-maiores-erros-de-marketing-de-2010.htm


20 de dezembro de 2010

TOP 10 ERROS DE MARKETING DE 2010

2010 foi marcante para o Erros de Marketing, pois foi nosso primeiro ano!
Nesse período, nossos textos foram lidos mais de 250.000 vezes e passamos de 18.000 seguidores no twitter (@errosdemkt).

Acima de tudo, esse foi um ano de muito aprendizado. Publicamos mais de 150 casos de possíveis erros de execução, estratégia e planejamento ou simplesmente... de puro azar (que não deixa de ter um impacto na marca da mesma maneira). Nosso objetivo com isso não é o de difamar pessoas ou ditar o que é certo ou errado, mas o de incentivar discussões e um pensamento crítico que nos ajudarão a ter mais chances de sucesso no futuro.

Vale a pena relembrar alguns desses casos:

TOP 10 "ESCORREGADAS" DE MARKETING DE 2010:

1) PÃO DE AÇÚCAR ELIMINA O BRASIL DA COPA DO MUNDO:
Dói só de lembrar do dia em que alguém publicou um anúncio do hipermercado Extra (patrocinador da seleção) na Folha de São Paulo lamentando a saída do Brasil da Copa, antes de termos perdido o jogo!
O grupo Pão de Açúcar diz que a culpa foi do jornal e Abílio Diniz se desculpou no Twitter. Mas ficou bem feio....


2) NESTLÉ LANÇA BEBIDA ALPINO SEM ALPINO:
Quem não se lembra desse caso? A Nestlé laçou uma linha de bebidas prontas chamada "Fast" e uma delas era de Alpino. Ou melhor, sabor Alpino, já que a própria embalagem dizia que o produto não continha Alpino. O caso gerou reclamações no CONAR e manifestos na internet. A empresa foi notificada, precisou se desculpar em público e mudar o rótulo do seu produto.



3) TOYOTA FAZ RECALL MOSTRUOSO:
Esse ano foi bem feio pra Toyota. Foram tantos recalls anunciados que a empresa precisou suspender a sua produção mundial até que todos os defeitos fossem identificados. Na internet, chegaram a dizer que a empresa ia ter que trocar o seu call center por um "recall center" e a cotação da ação da empresa, tomou um belo baque.



Mas não foi só a Toyota que precisou fazer recall. Muitas outras empresas de veículos acabaram usando esse artifício. Foram tantos recalls que os consumidores já estão se acostumando com esse absurdo...

4) O "TCHÓ TCHÓ" DA HYUNDAI NA COPA DO MUNDO:
A montadora fechou um super patrocínio pra Copa e gastou milhões pra divulgar uma campanha que tentava criar uma nova maneira pra torcer nos jogos. A idéia não pegou e ainda virou chacota. Não sei se as vendas da empresa responderam ao investimento. Mas, no mínimo, poderiam ter tido um retorno muito melhor sobre esse investimento com uma idéia melhor...


Falando em Copa do Mundo, que tal relembrar os piores planos de Marketing da Copa??

5) PROMOÇÃO DA P&G COLOCA MEDO NA POPULAÇÃO:
A P&G, eleita anunciante do ano, decidiu fazer sua primeira grande campanha corporativa no Brasil esse ano. Fechou a ação do "avião do Faustão", um remake da antiga promoção do caminhão.
Tudo parecia ir bem quando... a empresa deicidiu espalhar caixas que supostamente teriam caído de aviões no meio da cidade do Rio de Janeiro. O problema é que isso aconteceu bem no momento em que o Rio passava por um período de extrema insegurança com o conflito entre policiais e traficantes. Resultado: a mpopulação ficou com medo, o esquadrão antibomba foi chamado e a imagem rodou todos os notíciários policiais do país!

6) VOLVO E AUDI PASSAM MUITA VERGONHA:
Que tal falhar em uma apresentação ao vivo para a imprensa sobre seu novo dispositivo de segurança? E capotar o carro em plena demonstração de um novo veículo? Pior que aconteceu de verdade...



7) PROMOÇÃO DA NESTLÉ COM BICHINHOS VIROU MICO:
Essa história ainda não terminou... mas já era pra ter terminado há muito tempo. Depois de criar uma pequena novela sobre bichinhos da flores nos intervalos da novela das 8, a Nestlé começou a vender esses bichinhos por "apenas" R$27 em produtos + R$27. Sobrou bichinho até... a promoção foi prolongada pro Natal e o preço abaixou. Mas pelo tanto de bichinhos que ainda vejo nas lojas, vamos ver pelúcias da Nestlé sendo distribuídas de graça na próxima Páscoa.


8) BURGER KING É FLAGRADO COM QUEIJO VENCIDO:
Enquanto estava veiculando uma grande campanha sobre o queijo que estava em um novo sanduíche, uma lanchonete da rede no Rio de Janeiro foi flagrada usando queijo vencido.. saiu até no Fantástico.


9) CHUVA DE TWIX VIROU GAROA:
A Mars programou uma super distribuição de Twix na avenida Paulista, em São Paulo, mas as máquinas emperraram e os consumidores viram, na verdade, um chuva de papel e uma "garoa" de chocolate.

10) CAMPANHA ELEITORAL BIZARRA DE JEFFERSON CAMILLO:
Pra fechar a lista com chave de ouro, uma homenagem à bizarra campanha eleitoral do candidato a deputado chamado Jefferson Camillo, que tentou sensibilizar o eleitorado usando uma propaganda que mostrava 3 pessoas numa banheira de motel. Pra quem não sabe, ele não conseguiu se eleger (ficou bem longe, aliás).


A lista poderia ir mais longe. Não incluímos, por exemplo, o caso da Topper (
que começou uma grande campanha sobre a invencibilidade da seleção brasileira de futsal dias antes da seleção perder), o super investimento da Schincariol sobre a Devassa  (que até agora não deu retorno), a inútil mudança da cor da lata da cerveja Brahma (pra que eles gastaram tanto divulgando isso?), etc.
Nosso desejo é que em 2011 aconteçam muito menos erros! Mas, se alguém errar, vamos estudar o caso afinal... é errando que se aprende! 

Fonte: http://errosdemarketing.blogspot.com/

Baixa renda muda perfil de gastos no Natal - VITAMINA "C" NO MERCADO!

Roupas são presentes preferidos em todas as classes, mas eletrônicos se destacam para os emergentes

 

 

Por Rayane Marcolino, do Mundo do Marketing | 20/12/2010
O comércio se anima com a chegada do Natal. Que as vendas de praticamente todos os setores aumenta é um fato histórico, mas se engana quem pensa que o crescimento da renda das classes mais baixas no país e o seu desejo por eletro-eletrônicos faz com que esses sejam os únicos produtos desejados. Nessa época em que muitas pessoas devem ser presenteadas, as roupas se destacam como os produtos mais vendidos.
“A classe A usa a roupa como forma de diferenciação. Mas para as classes D e E elas servem para que essas pessoas sejam aceitas em locais onde antes não eram”, afirma Renato Meirelles, Sócio Diretor do Data Popular. O instituto foi responsável por uma pesquisa que constatou que 83% das pessoas das classes D e E pretendem comprar roupa nesse fim de ano. Segundo outro estudo realizado pela GfK, envolvendo todas as classes, 56% dos brasileiros também comprarão produtos têxteis neste fim de ano.
Boa parte dos consumidores (39%) também pretende gastar mais em 2010 do que nos últimos três Natais. O valor médio é de R$ 364,00. Do total, 12% gastará até R$ 116,00, 13% de R$ 117,00 a R$ 232,00, 22%, de R$ 232,00 a R$ 580,00 e 16% acima de R$ 581,00. Boa parte desse dinheiro será gasto em lojas de departamentos e supermercados. Esses locais são os preferidos para 55% das pessoas por fazerem parte do dia a dia dos consumidores.
Brinquedos e eletrônicos aparecem logo depois das roupas
“As pessoas têm que ir aos supermercados toda semana, então fica mais fácil fazer as compras já ali”, afirma Antônio Perrella, Diretor de Atendimento a Clientes da GfK. Analisando por sexo, essas são as escolhas de 59% dos homens e 51% das mulheres. “Esse número é maior entre o sexo masculino porque eles preferem concentrar as suas compras”, conta Perrella. As lojas de rua aparecem em segundo lugar (17%) e são mais preferidas pelas mulheres (22%) do que pelos homens (12%).
Entre os outros produtos que serão cobiçados por todas as classes estão os brinquedos, com 25% das intenções de compra. Por outro lado, 21% dos consumidores não sabem que presentes comprar. Desses, 24% são homens e 18% mulheres. Mas quando se trata especificamente das classes D e E, aí sim os produtos eletrônicos aparecem logo depois das roupas.

“Essas preferências tem a ver com o fato de essas classes estarem começando a equipar as suas casas”, conta Meirelles do Data Popular. Celulares aparecem em segundo lugar com 36%, computadores em terceiro, com 29% e TV com 26%. “Os computadores representam um investimento no aumento da renda da família”, diz o executivo em entrevista ao Mundo do Marketing.
Emergentes estão mais maduros
Mas não são só roupas e eletrônicos que caracterizam o consumo das classes D e E neste Natal. O aumento de renda desse consumidor se reflete também na ceia. “Assim como as roupas, a fartura nas mesas das classes mais baixas é uma forma de eles sentirem que não estão mais pobres”, conta Meirelles sobre o fato de a classe D já comprar 90% das categorias consumidas pela classe C e mais de 80% do que as classes A e B levam dos supermercados.
Além das compras, muitos consumidores das classes D e E aproveitarão o seu décimo terceiro salário para pagar dívidas. “Dos 17 milhões que essas pessoas injetarão no mercado, 40% serão para o pagamento de dívidas e 35% para as compras de Natal”, afirma Renato Meirelles. “Isso é um sinal muito importante de amadurecimento desse consumidor”, completa o sócio-diretor do Data Popular sobre o primeiro Natal em que a classe D aparece como segunda maior classe de massa, fato que promete mudar características não só dos próximos anos, mas de toda a economia brasileira.
Fonte: http://www.mundodomarketing.com.br/9,16901,baixa-renda-muda-perfil-de-gastos-no-natal.htm

Experiências para o Natal: Inovação na arte de Presentear



Por Jorge Nahas* e Daniel Nahas** (co-autor)
Quando pensamos em presentes, automaticamente relacionamos a época do Natal, período responsável pelo surgimento da troca de presentes. Com o passar dos anos este ato de empatia e cordialidade se estendeu também para os dias dos aniversários de nossos parentes, amigos e colegas de trabalho. Hoje, já vivemos uma realidade distinta, no qual inesperadamente nos deparamos com a necessidade de agradar, confortar ou até mesmo surpreender as pessoas, sem mesmo a necessidade de uma data específica comemorativa.
Porém, esta atitude não é tão fácil quanto parece e, muitas vezes, acaba gerando um efeito contrário ao que planejamos. Quantas situações já ocorreram ao entregar um presente a um colaborador, notarmos que sua expressão não é a que imaginávamos quando escolhemos tal surpresa? Qual a sensação em saber que a pessoa que recebeu este gesto, cuidadosamente ensaiado, acabou trocando o presente?
A forma de presentear está mudando, seja para ações corporativas de relacionamento, ou entre pessoas que se gostam. Mundialmente, o conceito de experiências ao invés de bens materiais, está sendo reconhecido por conta da surpreendente resposta a quem se agrada. Presentear com experiências é buscar algo equivalente ao perfil de quem se almeja, além de propiciar momentos que ficam na memória.
Quando falamos sobre o conceito de experiências, estamos falando de presentes memoráveis que podem ser traduzidos desde um jantar ao som e dança de tango a um voo de balão, um passeio de Ferrari, uma oportunidade de voar em um jatinho até a África, entre outras formas além da tradicional criatividade, reservada a uma roupa, um brinquedo, uma joia, um CD, um livro, dentre muitos outros itens que fazem parte da grande maioria dos presentes adquiridos para agradar.
Desde o início de minha carreira, quando atuei com planejamento de Marketing na British Telecom, em Sydney, até os dias de hoje, o que me motiva em iniciar um novo plano de ação, seja ele um pontual programa de incentivo ou longo projeto de aproximação de clientes, é auxiliar na satisfação plena das pessoas. O fato das empresas serem atingidas de forma impactante por ações vivenciais está diretamente ligado a uma forte relação de confiança com a geração de um vínculo afetivo entre o consumidor e a marca. Essa relação contribui para maior probabilidade de fidelização de uma marca, em longo prazo, deixando a concorrência cada vez mais distante de um público cujo foco está na retenção.
O aumento da utilização da tecnologia aplicada aos serviços, vivências mais impactantes e presentes inusitados, aliados aos recursos disponíveis no país, são alguns dos principais elementos para as transformações nas relações entre pessoas. A relação entre marcas e consumidores, antes de ser baseada na tradicional compra e venda, deve ter seus princípios com foco no relacionamento a ser plantado para a real conquista de um cliente, seja ele interno ou externo.
*Jorge Nahas é CEO da empresa O Melhor Da Vida, agência pioneira em marketing de experiência
**Daniel Nahas é Diretor de Produtos e Novos Negócios da empresa O Melhor Da Vida.


Fonte: http://www.mundodomarketing.com.br/16904,85,blogs,experiencias-para-o-natal-inovacao-na-arte-de-presentear.html

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Publicidade no país cresce mais que a média global

Consultoria prevê expansão de 9,5% em 2011, ante avanço mundial de 5,8%

Brasil se consolida como o sexto maior mercado no mundo no setor e passa a ameaçar o Reino Unido

O mercado publicitário brasileiro vai continuar crescendo acima da média global nos próximos anos, consolidando-se como uma das principais fontes de receita do setor, apontam pesquisas divulgadas nesta semana.

Os estudos mostram que setores como jornais, TV e internet vão ter um crescimento de receita maior do que o que se espera para a economia em geral (PIB).

Para o GroupM (braço da agência WPP, o maior grupo de publicidade do mundo), o mercado publicitário brasileiro se expandirá em 9,5% no ano que vem (ante avanço global de 5,8%) e será o quarto que mais contribuirá com "dinheiro novo" para o setor.

Pela previsão, US$ 1,4 bilhão a mais entrará no setor de publicidade do país em 2011 -totalizando US$ 18,4 bilhões-, o que representa 5% do crescimento mundial.
Só o montante de "dinheiro novo" (a diferença entre a receita de um ano com o anterior, quando positiva) representa mais que todo o mercado publicitário chileno, por exemplo.

Já a ZenithOptimedia (subsidiária da agência francesa Publicis) prevê que, entre este ano e 2013, as receitas com publicidade no Brasil só crescerão menos que as na China entre os principais mercados mundiais.

Segundo ela, o mercado brasileiro registrará avanço de 31% até 2013, enquanto o chinês terá aumento de 51%. O norte-americano, o maior do mundo, vai ter expansão bem mais modesta: 9%.

CONSOLIDAÇÃO

Embora os números não sejam idênticos, as duas consultorias apontam que o mercado no país está se consolidando como o sexto maior do mundo e começa a ameaçar outro gigante, o britânico.

De acordo com o GroupM, o país deve ter participação de 3,3% do mercado mundial de publicidade em 2011, abocanhando fatia pelo quinto ano consecutivo.
Segundo a ZenithOptimedia, essa fatia vai chegar a 3,6% em 2013, ficando pouco abaixo da do Reino Unido: 3,8%, ou 0,2 ponto percentual menos do que neste ano.

O estudo de 166 páginas do GroupM mostra ainda que todos os setores no Brasil, com exceção de guias e listas, vão se expandir no ano que vem -o maior avanço será da internet, com faturamento 35% maior que o deste ano.
Os jornais, por exemplo, terão avanço de 7%.
A receita do setor com publicidade, de US$ 2,2 bilhões, será a nona maior do mundo, ganhando seis posições em relação a 2003.


Fonte: Folha de S.Paulo

Provoque a mudança de consumo


Especialista em Shopper Marketing mostra como promover a mudança a seu favor

A indústria de bens de consumo de massa e o varejo travam uma guerra diária. Num negócio cuja margem de lucro é pequena, ficar à mercê do consumidor mutante de hoje não é um bom negócio. “Você tem que provocar a mudança”, aponta Craig Elston, Vice-Presidente de Insight & Estratégia do The Integer Group, uma das maiores agências de Shopper Marketing do mundo, em evento realizado pela agência Ponto de Criação na última semana.

Nos Estados Unidos, 73% dos consumidores compram em mais de um formato de loja diferente. São pelo menos cinco. Apenas 26% são fiéis ao ponto-de-venda. Quando estão na hora da verdade, no entanto, 70% das decisões de compra são feitas diante da gôndola. É neste momento também que 59% desses consumidores escolhem a marca. Os números já foram mais favoráveis e mostram a importância de fortalecer as marcas da indústria e do varejo. Encorajar o consumidor a entrar na loja e comprar é um dos grandes desafios do executivo de Marketing nos dias de hoje. Craig Elston tem uma fórmula que passa por quatro pontos centrais.

O primeiro é entender o comportamento das pessoas como compradoras, shoppers. Diferente de quem está consumindo ou usando um produto, quem está comprando sofre influências de Marketing. Saber como se dá o processo de desejo, o que determina a escolha, o que a pessoa fez antes e depois da compra dão pistas para que a marca disponibilize uma oferta certeira. “Tem que entender o modelo mental das pessoas”, aponta Elston em palestra realizada no Insper, em São Paulo. Observar o target é cada vez mais importante.
Dilemas
As pessoas vão às compras por diversos motivos. Entender cada motivação é essencial. Por isso, é preciso caminhar para o segundo estágio: criar um diálogo constante com elas de forma diferente. Customizar a comunicação e manter um relacionamento antes e pós-venda ganha contornos de engajamento. Num mundo digital e com tecnologia a alcance de todos, entregar uma experiência inovadora no ponto-de-venda é o caminho para envolver o shopper. Este é o terceiro mantra de Craig Elston.

O quarto fator dentro da proposta do especialista busca manter a saúde da marca em longo prazo. É o velho dilema das promoções e metas de curto prazo versus a construção de uma marca forte, consistente e coerente. “Não podemos ter esta visão míope. O processo precisa ser feito em conjunto”. O segredo aqui é desenhar o tipo de comportamento que a marca pode ter. Indústria e varejo devem caminhar juntos.

“O varejo não consegue ter a mesma versatilidade do consumidor”, analisa Patrícia Contesini, Gerente de Pesquisa de Mercado e Inteligência Competitiva & Negócios do Grupo Pão de Açúcar. “Como não posso ter um ambiente diferente para as senhoras durante o dia e um outro para os jovens durante a noite?”, questiona. E o desafio continua.

Por Bruno Mello, do Mundo do Marketing | 15/09/2010

Fonte: http://www.mundodomarketing.com.br/15,15799,provoque-a-mudanca-de-consumo.htm

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A importância do Layout no PDV

Em layoutização, são os detalhes que fazem a diferença

Parece difícil acreditar que uma simples mudança na altura de uma gôndola, ou nas cores utilizadas nas paredes da loja podem fazer a diferença no faturamento de uma perfumaria no final do mês. O consumidor pode até não prestar atenção nesses detalhes, mas o simples fato de ele se sentir bem e à vontade na sua loja, encontrando o que deseja sem dificuldade, fará com que ele se lembre da experiência vivenciada na sua loja ao decidir onde comprar em uma próxima oportunidade.
Hoje, os donos de perfumarias estão abrindo os olhos e enxergando essa realidade, buscando atualizar os seus pontos de acordo com uma nova realidade. Eles já sabem que investir no layout da loja é essencial para atrair consumidores e até estimulá-los a comprar mais.  “Para o varejista, vale a pena investir na layoutização, porque o aumento nos lucros é garantido. Temos acompanhado a melhoria nos resultados das lojas que reformamos e esse aumento gira em torno de 40%”, afirma José Antônio da Silva, gerente da Picolo, empresa especializada há 15 anos em montagem de perfumarias e drogarias.
Régis Rodero, diretor da Metalfarma, completa: “Uma loja moderna, ampla, com ofertas e produtos bem expostos é cada vez mais valorizada pelo público. As grandes perfumarias atualizam os layouts das lojas, em média, a cada dois anos para atrair e fidelizar seus clientes. O conceito deve ser o mesmo para os menores” cita.

Entre as tendências que estão em alta na layoutização das perfumaria estão gôndolas mais baixas e corredores mais largos. Segundo a Apotheka, multinacional espanhola especializada na montagem de lojas de beleza, saúde e bem-estar,  estudos demonstram que o que se vê, vende. Por isso, quando um cliente se depara com gôndolas altas e corredores estreitos, seu campo de visão sobre os demais produtos expostos na loja ficam limitados e, conseqüentemente diminuem as chances desse cliente comprar por impulso. Ou seja, o PDV sai perdendo. “As pessoas não conseguem andar olhando para os lados, do contrário, cairiam no chão e isso por si só explica o fato de que corredores amplos ou gôndolas dispostas em curva aumentam  significativamente o giro das mercadorias”, explica Marcos Plana, diretor da empresa no Brasil.
Mais um detalhe apontado pelo executivo são as disputadas pontas de gôndolas. Naturalmente, elas já são o destino natural de fixação dos olhos. E por um motivo que exemplifica um dos grandes problemas o varejo especializado brasileiro:  para não correr o risco de  bater o corpo ao passar entre os corredores apertados. “As pontas de gôndola, por si só, já apresentam alto giro na venda de
produtos. Ao adequar o layout da loja, você potencializa a venda nas pontas de gôndolas, ao mesmo tempo em que “esquenta”  outros setores da loja até então apagados”, complementa Marcos Plana.
A atenção a esses detalhes só tendem a trazer benefícios para o dono de uma perfumaria: maior giro, aumento das vendas e aumento no tempo que o cliente permanece dentro da loja, pois o ambiente fica mais agradável e, com a visibilidade melhor, ampliada, ele poderá controlar melhor os clientes e diminuir as perdas.
Segundo a POPAI Brasil, para conseguir fazer com que o consumidor volte uma segunda vez a sua loja, o lojista deve criar ambientes e cenários que remetam a este consumidor o momento de utilização do produto. “As pessoas não compram produto, a propaganda não vende produto. Vendem e compram a “emoção” de um momento. E para atrair o consumidor é preciso entender o que ele foi buscar e criar ambientes que façam ele desejar aquele produto, que desperte o interesse de compra e de necessidade”, opina Luciana Barreto, diretora executiva da entidade..
Além disso, traçar um perfil de quem é seu consumidor e o que ele busca em seu varejo também é ponto-chave para tal conquista. Observar, perguntar e acompanhar uma compra pode fazer toda a diferença: “É preciso estar atendo à mensagens que o consumidor deixa todos os dias em sua loja. Pois o consumidor de hoje busca a conveniência; produto e preço ele encontra em qualquer lugar. Então o diferencial deste varejista tem que estar em seu atendimento, em seu espaço aconchegante e no respeito ao ritmo deste consumidor” completa Luciana, e ainda segundo ela, isso fará com que ele volte e busque esta conveniência, este diferencial que talvez não tenha encontrado na porta ao lado.

Fonte: http://www.beautyfair.com.br/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=917



Existem algumas empresas que oferecem esse serviço para o cliente, como por exemplo a REAL DISTRIBUIDORA  especializada em higiene e beleza.Além disso um dos pilares da empresa é o layout.
http://www.realdistribuidora.net/