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terça-feira, 21 de setembro de 2010

O movimento do perfume

A Loewe, marca de perfume espanhola, faz a terceira tentativa para conquistar o mercado brasileiro. As fragrâncias voltam a ser distribuídas pelo grupo LVMH, que também detém marcas como Dior, Givenchy e Acqua di Parma. Desde 2006 até agora era a Neutrolab quem distribuía os perfumes. Antes disso, foi a própria LVMH. "Com esta volta para o grupo, a nossa estratégia é fazer com que o brasileiro associe o perfume com a tradição da Loewe e que perceba que temos um produto muito exclusivo, de luxo", diz Hector Garcia, diretor internacional de marketing Loewe, que esteve no Brasil esta semana para o anúncio da mudança. Para que a grife de perfume ganhe ares de exclusividade por aqui, a LVMH vai trabalhar em apenas 20 pontos de venda. A tentativa anterior, da Neutrolab, foi de colocar os perfumes em 200 portas. "Não foi a melhor estratégia para uma fragrância de luxo. Talvez tenha sido uma estratégia comercial, mas agora queremos um reposicionamento da marca. Não nos importa quantas unidades vamos vender. Queremos que o brasileiro reconheça o perfume como um artigo especial." Para isso, a Loewe vai apostar no espaço do ponto de venda e no treinamento dos funcionários. "A Loewe é uma marca antiga e cheia de tradição. Existe desde 1846 e começou fazendo artigos de couro. Vamos colocar mais couro nos pontos de venda para que o consumidor entenda a origem da marca. Também investiremos em um programa de treinamento intensivo", diz Mônica Ceballos, gerente nacional de marketing Loewe. A expectativa do grupo é de que até 2012 os brasileiros estejam bem familiarizados com a marca. A perfumaria é apenas um braço da Loewe, que também trabalha com moda. A abertura de lojas com o portfólio completo é uma promessa, desde 2006. Até agora, continua sendo apenas uma possibilidade. "O pessoal da área de moda esteve no Brasil, no ano passado e neste ano, estudando o mercado brasileiro - que é muito promissor. A chegada da moda aqui ajudaria muito na reestruturação da área de perfumes, mas não há uma data certa. A promessa é que as roupas desembarquem aqui em um futuro próximo", diz Garcia.
Por Angêla Kinlke http://www.valoronline.com.br/impresso/empresas/102/311406/blue-chip

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