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segunda-feira, 28 de junho de 2010

COMUNICAÇÃO COM O MERCADO





É um péssimo cozinheiro aquele
que não pode lamber os próprios dedos.
Willian Shakespeare

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Não é o que você faz, é o que o seu cliente busca, quer, deseja, almeja, procura e quer.
Esse é que é o foco da sua mensagem.
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O nosso mundo de hoje, mais do que em quaisquer outras épocas, inunda os nossos sentidos com mensagens que buscam capturar a nossa atenção.

É um verdadeiro bombardeio de mensagens de pessoas e organizações que procuram se distinguir, divulgando suas mensagens que buscam ser percebidas.

Uma parte destas mensagens é feita por profissionais competentes, em outras reina o mais absoluto amadorismo.

O amadorismo é tanto, que uma página, que eu tenho no sítio da Merkatus, para que as pessoas se comuniquem com a minha empresa solicitando informações, já foi utilizada mais de uma dezena de vezes por pessoas que aproveitaram o meio para fazer “propaganda” do seu negócio.

Lógico, eles esperam, com esta invasão, fazer algum negócio, vender, enfim.

Este amadorismo e misto de boa vontade, persistência e falta de conhecimento – que beira a teimosia – inunda as caixas de mensagens de todo internauta que tem algum tempo de uso do seu endereço de e-mail.

É mais ou menos assim, traçando um paralelo, alguém chega à sua casa, sem pedir licença entra em seu quintal, abre a porta da sua casa e apresenta o que ele quer vender, como se nós tivéssemos autorizado a entrada dessa pessoa.

Essas pessoas não querem saber se estamos ocupados, se estaremos receptivos à mensagem que ele quer nos trazer, eles simplesmente arrombam a porta da nossa casa, por e-mail, por telefone, pessoalmente, e passam a sua mensagem, como se nós tivéssemos tempo e interesse no que ele nos traz...

Essa intromissão, na sua grande maioria, não é bem vinda, vem em momentos não apropriados, e apresentam resultados mínimos, frente aos esforços despendidos.

Eles não fazem estatísticas para medir os resultados e a produtividade da sua forma infantil de se mostrar e de fazer negócios. Antes de tudo, mostram e demonstram uma ação antiprofissional, amadora, depondo contra a própria empresa.

Você contrataria uma empresa que age assim? Que empresas contratariam empresas que se utilizam desses expedientes?

No entanto, nós, consumidores e cidadãos, continuamos a ser bombardeados por mensagens não solicitadas, na maioria dos casos, indesejadas, e em quantidades cada vez maior.

Isso leva a um estresse que faz com que cada vez mais as pessoas não tenham mais paciência, faz com que as pessoas se distanciem dos meios que usam essas práticas invasivas.

Qual será o limite e quem ganhará essa luta indesejada?

Alguns indicativos – tendências? - mostram que as redes de relacionamento formam-se e têm um papel importante nas comunicações de hoje, para uma parte da população, pois estas redes facilitam colocam em contato pessoas com afinidades, que comunicam-se entre si, naquilo que julgam importante, significativo.

Além deste aspecto das comunicações com significado, significado e relevância ditados por aqueles que pertencem aos grupos de relacionamentos, fazendo circular e se propagar aquilo que têm significado e importância para o grupo, esses grupos tendem a dar crédito, a ter confiança naqueles que partilham e compartilham informações.

Esse aspecto é bastante importante: os compradores que pertencem a redes de relacionamento dão crédito aos seus parceiros, tendo mais confiança neles e dando mais crédito ao compartilhamento de informações do que às propagandas institucionais.

As propagandas não solicitadas, então, estão em um nível muito mais baixo, o nível do lixo eletrônico. E, você, XPTO, e eu sabemos, há quem as usa, ainda!

As redes sociais permitem não somente que se compartilhe informações, mas que se busque confirmação das informações, selecionando as fontes confiáveis.

Desta forma,são as pessoas que controlam as mensagens, o que é escutado, lido, percebido como relevante é repassado, o resto é somente isso: RESTO!

Desta forma de nada adianta passar 1.000.000 de e-mails com a sua oferta, se essa sua mensagem não tiver algo que o público, para o qual ela é dirigida, perceba como importante.

Para a sua comunicação ser relevante algo simples, lógico e prático precisa ser feito, muito embora não seja visto assim, pois continuamos, diariamente, recebendo mensagens sem o mínimo de significado para nós, não é mesmo, Ludmila?

Esse algo simples, lógico e prático é falar do que o cliente julga relevante, jamais do que a sua empresa faz...

Esse é um assunto que já tratamos, quase de forma exaustiva:

- você fabrica geladeiras, seus clientes procuram conservação de alimentos;

- você é um consultor de marketing, seus clientes procuram mais e melhores clientes;

- você tem uma empresa de contabilidade, seus clientes procuram segurança fiscal e minimização de impostos;

- você tem uma loja de informática, seus clientes procuram ampliar horizontes e a diminuir as incertezas no mundo da informática;

- você é um médico, seus clientes procuram saúde e qualidade de vida.

Se você comunica aos seus clientes o que você faz, você não é percebido, lido, escutado e repassado, você não passa de mais um na multidão, um mero centro de custos.

Se você comunica o que os seus clientes querem, desejam, você pode ser escolhido por ter a solução que eles buscam.

O que você faz não é importante para os seus clientes, é importante para os seus clientes aquilo que ELES OBTÊM através do que você faz!

E sabedor disso a sua comunicação com o mercado muda, e muda radicalmente.

Ao invés de se preocupar em seu extensivo, mandar milhares de e-mails, escrever mensagens que sejam relevantes para grupos de pessoas. Ou seja, focar o interesse dos grupos ou segmentos.

É isso ou não ser ouvido...

E você? Comunica o que você faz, ou o que os seus clientes obtêm através da sua empresa?

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