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quarta-feira, 23 de junho de 2010

TRABALHO Um começo porta a porta


Venda direta é opção para quem quer ingressar no mercado de trabalho e não tem experiência
Jovens em busca de uma porta de ingresso no mercado de trabalho esbarram no clássico obstáculo: falta experiência versus exigências do empregador. Para burlar esse impasse, a venda direta pode ser uma das alternativas mais acessíveis de se garantir uma fonte de renda e dar os primeiros passos.

Na contramão da crescente demanda por qualificação, há um aumento de interesse entre indivíduos na faixa etária dos 18 – idade mínima para cadastrar-se – aos 25 anos em se tornar revendedor de alguma marca. De acordo com Marcelo Zalcberg, vice-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Venda Direta (Abevd), as vantagens para os iniciantes são muitas:

– Não precisa de diploma, o investimento inicial é baixo, e o cadastramento é simples. Além disso, a pessoa costuma receber apoio, proporcionando mais que uma garantia de lucros, mas de aprendizado que poderá acompanhá-lo ao longo da sua carreira – diz Zalcberg, salientando que a atividade pode ser incluída como um diferencial no currículo.

Com foco em encontrar a melhor solução para atender às necessidades do cliente, empresas investem na capacitação dos vendedores. Segundo Rogério Minoru Suga, gerente de marketing da unidade regional sul da Natura, os treinamentos oferecidos aos consultores os habilitam a construir um ofício.

– A primeira vantagem de se trabalhar como consultor em empresas como a nossa é o suporte que damos para ele começar na atividade. Muitas das pessoas que hoje são nossos destaques em vendas começaram até não acreditando em si mesmas e aqui aprenderam a conhecer o seu potencial – diz Suga.

O empenho faz toda a diferença para quem escolhe a venda direta como primeiro trabalho, segundo Carla Marco, gerente regional de vendas sul da Avon. O novato recebe todas as ferramentas, é preparado para entender o produto, administrar o seu negócio e cuidar do pós-venda. Muitos descobrem uma veia empreendedora depois de iniciar as atividades, relata Carla. Ela própria, aos 45 anos, é um exemplo:

– Eu comecei como revendedora aos 17 anos, trabalhando com a minha mãe. Depois, passei a vender por conta própria, fui trabalhar internamente na Avon, me tornei gerente comercial, fui para a área de treinamento, (atuei como) gerente de vendas de Curitiba e agora da regional do sul.


maria.amelia@zerohora.com.br
MARIA AMÉLIA VARGAS


Colaboração: Ulda Agda

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